E lá se foi Outubro

Coisas e momentos bons a gente fotografa. Coisas ruins a gente simplesmente ignora e/ou desafa no blog quando não dá pra aguentar.


Confesso que outubro não foi um dos melhores meses. Melhores virão.

Editando. Clique nas fotos para ampliar.

E lá se foi Outubro

Coisas e momentos bons a gente fotografa. Coisas ruins a gente simplesmente ignora e/ou desafa no blog quando não dá pra aguentar . ...

Quente feito um domingo primaveril

Então, que calor é esse? Não sei se já reparou mas, em toda conversa que pretendemos começar e não temos assunto, a saída mais próxima é sempre falar sobre o tempo. O calor aqui está insuportável, não lembrava mais como era me sentir tão mal por esse motivo. Tomar banho e ter a impressão de que nunca tomou, cinco minutos depois. Não sei se vai chover, está ventando bastante e o céu está num tom de cinza escuro. Bem que podia ser como domingo passado.

Hoje acordei cedo e minha mãe veio me fazer aquela mesma velha pergunta de domingo, o que vamos fazer de almoço hoje?. Ela tinha pensado em fazer lasanha, mas meus irmãos estão evitando comer presunto. Fomos procurar no google e achamos uma receita interessante de molho branco, que combinaria perfeitamente com uma lasanha apenas de queijo.
Quando fizemos a primeira receita do molho, deixei a farinha de trigo dourar demais e acabou virando uma massa marrom mas com um cheiro interessante. Foi assim que, impedindo minha mãe de jogar tudo fora e adicionando mais alguns ingredientes, arriscamos uma espécie de creme de amendoim, ainda não experimentei pra ver como ficou, mas acho que são poucas as coisas que ficam ruins misturadas com amendoim e leite condensado.

Começamos a receita do molho branco de novo e dessa vez deu certo, ou quase certo. A lasanha ficou linda, super douradinha em cima, super bem recheada com dois tipos de queijo, mas... o molho ficou meio sem sal. Da próxima com certeza vamos acertar.


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Por incrível que pareça eu me adaptei rápido ao horário de verão. Estou sentindo sono no horário certo e tudo está como era antes, só que com mais tempo de sol. Não que eu ache que isso é uma vantagem, levando em consideração a temperatura dele nos últimos dias, mas uma coisa boa é poder ver o pôr do sol mesmo depois de chegar em casa.
Essa semana aconteceu isso, vi uma nuvem linda no céu e fui correndo pra janela do meu quarto fotografar. Meu irmão disse que o nome desse tipo de nuvem é Cumulonimbus, na hora até brinquei dizendo que ele com certeza tinha tirado esse nome de um dos feitiços que só a Hermione conhece, mas depois fui pesquisar e realmente elas tem esse nome.

O Wikipédia diz que o nome vem do latim Cumulus, que significa "acúmulo" e Nimbus, "nuvem". São, sem dúvida o meu tipo preferido. Já havia fotografado uma assim antes, lembra? Lógico, essa também vai para as fotos da semana. Repare na lua ali em cima, e não repare na sujeirinha da lente no lado direito da foto. = P

{43/52} cumulunimbus

E assim eu termino mais um domingo, esperando que essa nova semana comece melhor do que a que passou, e que as coisas se resolvam bem, ao som de Franz Liszt. s2

Franz Liszt - LIEBESTRAUM No.3 by Misha Dubrovnic, piano on Grooveshark

Editando. Comi o doce e achei bem interessante. Não é a melhor coisa do mundo, mas ficou bom. Minha mãe colocou o nome de paçoca cremosa. Fiz uma cobertura de chocolate e ele ficou bem mais bonito e gostoso. Agora chove.

Quente feito um domingo primaveril

Então, que calor é esse? Não sei se já reparou mas, em toda conversa que pretendemos começar e não temos assunto, a saída mais próxima é sem...

Ser rico ou ser feliz?

Segunda feira, quase onze da noite quando meu pai chega em casa de carona, depois de mais um "passeio" à la montain bike noturno. Pediu para que eu o ajudasse a tirar a bicicleta do carro porque ele havia caído e machucado o braço - mais uma vez - minha mãe fez questão de considerar, tão dramática quanto um personagem de novela mexicana.

Resumindo, quase uma da manhã estávamos saindo do hospital e ele com uma das pernas travadas por causa de uma injeção. Ontem de manhã ele pegou o carro sozinho e voltou ao hospital para ser engessado. Voltou com o braço apenas imobilizado até desinchar, mas como SUS é a definição de agilidade, não sei se podemos esperar que isso aconteça logo.

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Ontem participei de uma palestra sobre vendas. Lembra do meu post desabafo da outra semana? Então...
A palestra, ao contrário do que eu imaginava, foi muito interessante. Anotei várias dicas e cheguei a uma conclusão: preciso parar de ser tão bom. Sério... eles usaram essas palavras, temos que ser cara de pau e mais agressivos. Estou trabalhando nisso e vamos ver se consigo arrancar bons resultados. Não estranhe se qualquer dia eu chegar aqui e contar que mordi a canela de um cliente. Haha, brincadeira... eu entendi sim o sentido da coisa!

Acho super valido olhar em outras direções de vez em quando. Jamais imaginei que participaria de um evento assim. Só acho que tem uma coisa que não encaixa aqui dentro.
Eles falam sobre ganhar muito dinheiro, em fazer fortuna, em ser rico. Não sei se quero isso pra mim. Acho que não vale a pena perder uma vida inteira atrás de ganhar milhões. Não sei se quero milhões. Penso errado?

Prefiro levar uma vida mais simples. Lógico, preciso de dinheiro para viver, para manter meu vício em comprar, sonho em viajar o mundo, ter uma casa quadradona, comprar meu new bettle, e acho que não preciso de ter dinheiro aos montes. Não sei se vale a pena, entende? A vida não é feita disso. Esses dias ouvi alguém dizer, ao escolher o que cursar na faculdade - ser rico, ou ser feliz?. Eu prefiro ser feliz. Dinheiro a gente dá um jeito de ganhar para viver, mas ser rico? Vou até filosofar...

Felicidade é a maior Riqueza que você pode alcançar na vida.

O que acha?

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Como agora consegui destravar esse meu bloqueio contra fotos do iPhone no blog, mais uma para ilustrar o post. Amo andar, amo meu all star skid xadrez (que já está quase soltando a sola de tanto uso), como também estou amando essa minha calça de sarja azul/verde/turquesa.

Ser rico ou ser feliz?

Segunda feira, quase onze da noite quando meu pai chega em casa de carona, depois de mais um "passeio" à la montain bike noturno....

Reflexões de um Domingo sem expectativas

E o domingo começou assim, meio sem expectativas, e acho que é assim mesmo que vai 'acabar acabando' (redundância é vida)!
Agora tarde resolvemos arriscar um passeio no shopping mesmo minha irmã não estando lá essas coisas, e bem... não saiu como o esperado! Não entrarei em detalhes.
Na volta viemos por um caminho alternativo, o mesmo que meu pai e sua turma usam para praticar mountain bike. A estrada de terra corta uma fazenda muito bem cuidada, uma pena não ter levado minha câmera pra passear. Vimos galinhas, pavões, vacas e bezerros, cavalos e potrinhos.

O lugar é lindo e me fez ter vontade de viver o estilo de vida caipira. Sim, a vontade já passou, mas eu sinto falta de paisagens tão bonitas pra olhar com mais frequência. Seria interessante se aproveitassem melhor o espaço inútil na frente da minha casa pra arborizar e criar um parque. Eu e meu irmão nos revoltamos com isso. Ontem, durante a chuva da tarde fomos dar uma volta e discutimos sobre o assunto. A prefeitura teve a pachorra de enfiar na terra meia dúzia de mini coqueiros mequetrefes que no fim, acabaram enfeiando ainda mais o espaço mal utilizado.

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Hoje começou o horário de verão. Pra ser bem sincero, nunca entendi muito bem porque isso existe. Fiz uma pequena busca no google e descobri que basicamente serve para economizar energia. O site dizia que no verão nossos banhos costumam ser mais demorados e que acabamos dormindo mais tarde. Acho que pra mim não funciona bem assim. Meus banhos são infinitamente mais demorados no inverno, e eu durmo todas as noites praticamente no mesmo horário, não posso me dar ao luxo de "aproveitar mais o meu tempo" nessa época do ano, pelo simples fato de o clima agora ser quente, afinal, meu horário de entrada no serviço não muda, e passar o tempo todo suado já basta, não preciso acrescentar uma cara de zumbi (mal dormido) ao conjunto.
Não acho que vale a pena passar pelo transtorno de ter que readaptar o metabolismo só para ter mais algumas horas de sol. O pior é que quando sinto que estou realmente me acostumando com o novo horário, chegou a hora de voltar 360º o ponteiro do relógio. Talvez eu só esteja ficando realmente ranzinza. Vai saber...

A previsão do tempo pra agora é de chuva forte. Ouvi alguns trovões e vi alguns relâmpagos. O vento também já deu o ar da graça e esta forçando a porta da sala à sussurrar fantasmagoricamente.  Espero realmente que chova e refresque um pouco essa casa e essa semana que esta começando uma hora antes do que deveria, para quem, como eu, ainda não ajustou todos os relógios. Acho que preciso aprender a fazer a dança da chuva. = P

Editando. Começou à chover. Não precisei dançar.

Reflexões de um Domingo sem expectativas

E o domingo começou assim, meio sem expectativas, e acho que é assim mesmo que vai 'acabar acabando' (redundância é vida)! Agora ta...

Depois de uma noite chuvosa

No comecinho da semana, depois de passar pela ponte do rio que divide a parte da cidade em que moro, comecei à observar a beleza das coisas depois de uma noite chuvosa. O chão parece ficar mais escuro por causa da umidade, as folhas das árvores agora desempoeiradas reluzem um verde mais vivo, tudo parece tão mais limpo que até o ar fica mais transparente.

Nesse clima sinto como se estivesse também sido lavado e sou conduzido por uma energia nova. Meus problemas continuam aqui, ainda sinto as pedrinhas no sapato, mas de alguma forma parece que me torno mais confiante de que tudo dará certo.

Caminho de árvores e rua de pedra, perto de casa. O pessoal do instagram já deve estar cansado de ver fotos dessa rua. = P

Depois de uma noite chuvosa

No comecinho da semana, depois de passar pela ponte do rio que divide a parte da cidade em que moro, comecei à observar a beleza das coisas ...

16 anos depois

Esse ano não consegui pensar num post de dia das crianças, mas como hoje o pessoal aqui em casa estava em um clima super nostálgico, resolvemos dar uma olhada nos álbuns de fotos antigas, foi quando eu tive a ideia de reproduzir uma das fotos. Um mesmo momento, anos mais tarde. Não sei se existe um nome específico para a ideia, já vi muitas fotos assim internet afora.


Na primeira foto o Juan estava com 1 aninho e eu com 6 anos e alguns dentes faltantes. Na segunda, 16 anos mais tarde, 17 e 22 anos. O momento de tirar a foto foi muito divertido, principalmente porque não cabíamos no porta malas do carro. Sofremos bastante até encontrar a posição da foto original. Contorcionismo digno de Cirque du Soleil.

{42/52} 16 anos antes

Editando. Foto original feita por meu pai, e foto atual por meu primo.
As cores das roupas ficaram invertidas por falta de opção. Não tenho peças vermelhas em meu guarda roupas. = P
Deu vontade de reproduzir todas as fotos do álbum.

16 anos depois

Esse ano não consegui pensar num post de dia das crianças, mas como hoje o pessoal aqui em casa estava em um clima super nostálgico, resolve...

O Futuro à Deus pertence

Juro que o post que eu tinha programado pra hoje era muito mais interessante que esse, mas alguns acontecimentos recentes me fizeram necessitar de um desabafo. Por sorte eu não estava em condições psicológicas de criar esse post ontem a noite. Seria um fiasco. Acabaria dizendo coisas sem pensar. Nada como uma amiga querida para ouvir meus lamúrios, seguida de uma boa noite de sono (e de um dia chuvoso), para colocar pensamentos em ordem.

Por motivos de ética não posso entrar em detalhes, mas acontece que, até então, eu não via necessidade de olhar em outras direções, profissionalmente falando, mas algumas coisas começaram a acontecer, e a me fazer pensar se realmente estou feliz, se realmente nasci pra isso. O pior disso tudo é que eu não sei a resposta. Sinto dificuldades em algumas etapas desse processo em que fui enfiado quase que à força. Tive que criar, à partir do nada, anos de experiência que nunca tive. Quero que fique claro que não estou falando da profissão que escolhi, porque isso eu amo e não tenho dúvidas, mas digo em relação ao meu atual emprego.

Agora, depois de passar uma noite pensando no assunto, vejo que talvez eu só esteja fazendo uma tempestade numa pocinha d'água, mas essa situação toda mexeu comigo. Talvez eu só esteja sentindo (da pior maneira) que a maturidade chegou e que não tenho mais como fugir disso. Tenho que enfrentar essa situação de frente e continuar meu caminho, porque o futuro à Deus pertence, como já diziam os antigos.

Editando. Tamanho meu desespero, procurei no google qual a expressão que melhor definia algo pior que "engolir sapos". Eis que encontrei um texto muito interessante sobre o assunto. Separei algumas partes como citação, mas se preferir, veja ele completo aqui.

"Quem não já “engoliu sapo” na vida, durante a trajetória profissional? Certamente devem existir gargantas e estômagos virgens nessa área, creio. Em compensação, devem existir os engolidores diários e contumazes do batráquio – já tão condicionados que não abrem mão da sua dose diária... Haja estômago!

Dizem os entendidos em sapologia que a origem da associação do sapo com algo nada palatável vem das Sagradas Escrituras – quem diria, hein? Contaram-me que em um determinado capítulo do livro do Êxodo, um rebelde faraó recebeu como castigo de Deus uma série de pragas, uma das quais se constituía de uma invasão de milhares de rãs – ou de sapos. Se não são a mesma coisa, são com certeza da mesma família. Segundo a narrativa, o Faraó encontraria o bicho saltitante em todos os lugares possíveis e imagináveis do seu palácio – inclusive quarto de dormir, cozinha e banheiro. Dá pra imaginar?"

O Futuro à Deus pertence

Juro que o post que eu tinha programado pra hoje era muito mais interessante que esse, mas alguns acontecimentos recentes me fizeram necessi...

Atrasos e fotos

E as semanas continuam voando e me deixando "sem tempo" para correr atrás de tudo o que preciso. Meu quarto que continua a acumular pó, minha pilha de revistas esperando para serem lidas que aumenta, a montanha de roupas lavadas para serem guardadas que não sabem mais o que é estar penduradas num cabide. Na verdade eu acho que tenho dado prioridade para outras coisas, e não vou reclamar que estou sem tempo porque essa era a desculpa que eu usava na época da faculdade. Ultimamente tenho preferido ler um livro (que também já formou uma pequena pilha com todos os que eu preciso ler), ou simplesmente tricotar.

Outra coisa que andou acumulada, foram as fotos da semana para o projeto. Então vou aproveitar para publicar três fotos de uma vez só!

{39/52} contador de carreiras

Como já havia comentado, ando tricotando bastante. Nada melhor para representar isso que meu super prático contador de carreiras.

{40/52} fronha nova

Já faz um tempo que comprei, mas não tinha mostrado ainda. Comprei uma fronha nova para trocar quando preciso lavar a minha do gato. Lembra dela?

{41/52} calor

É... não teve jeito. Temia tanto a chegada desse momento, mas chegou. O calor taí, derretendo a tudo e a todos. Ando passando a noite toda com o ar ligado.

Domingo estive mais uma vez "compondo a mesa receptora de votos", em outras palavras, "trabalhando INvoluntariamente pelo país". Até que foi bacana e não demorou muito pra passar. Conheci algumas pessoas novas e agora tenho direito a quatro dias de folga no serviço.
Para descansar, peguei a tarde de ontem e fui ver um filme no cinema com meu irmão. Não tenho muito o costume de fazer isso... mas foi bacana, deu pra distrair a cabeça. Vimos Hotel Transilvânia e demos boas risadas. Como sou a pessoa mais descontrolada dos últimos tempos, acabei gastando de novo! Confesso, não consegui deixar o cartão de crédito no fundo da gaveta, mas não quero falar sobre isso... obrigado!

Feriado tá chegando e, pra variar, não tenho nada programado pra fazer. Espero que tenha coragem para pelo menos limpar meu quarto, que tem colaborado muito com minha amicíssima rinite, que tem dado o ar da graça frequentemente nas últimas semanas. = P

Editando.  Como foram várias as pessoas que me perguntaram sobre a fronha, resolvi fazer o "edit". Essa fronha é da marca Ludi. Se procurar no google, vai ver que existem várias lojas que trabalham com essa marca.

Atrasos e fotos

E as semanas continuam voando e me deixando "sem tempo" para correr atrás de tudo o que preciso. Meu quarto que continua a acumula...

Branco e Cor

Não adianta, quando me deparo com esses ambientes escandinavos com base branca e decoração colorida meus olhos brilham. Encontrei o link com as fotos dessa casa no Facebook do I Live by Design. Eles vivem divulgando ambientes e ideias. Inspiração sempre. Clique nas imagens para ampliar.



Sou apaixonado por mesas com vários tipos de cadeiras. Esse é um dos itens da minha lista de coisas a colocar no projeto da casa dos meus sonhos.
Destaque para o relógio super retrô com hora e data na parede entre as janelas, e para os livros separados uma cor em cada prateleira. Sim, vou copiar!



Mais livros organizados por cor, na prateleira ao fundo da sala e gadget para iPod/iPhone com cara de rádio antigo. s2


Outra mesa com cadeiras diferentes. Vontade de pegar uma marreta e abrir janelas tão grandes e claras como essas em casa.




E esse mini bloco de nichos brancos com fundos revestidos de tecidos coloridos? Não parece ser muito difícil de fazer.

{fonte}

Branco e Cor

Não adianta, quando me deparo com esses ambientes escandinavos com base branca e decoração colorida meus olhos brilham. Encontrei o link com...

Feliz por Nada

Primeira vez que vi esse livro, confesso, julguei pela capa. De cara imaginei que seria apenas mais um livro de auto ajuda ou algo do tipo! Não sei porque, mas não gosto da cara sorridente e amarela do smile (até onde sei, amarelo não é um bom tipo de sorriso). Lembro da época em que era modinha, e eu com minha apatia ao comum, passei à não gostar. Acabou juntando os broches amarelos com o título em verde sob o fundo preto e branco, e meu inconsciente fez cara de nojo.

Foi só quando um amigo me contou que estava lendo um livro que lembrava eu, que resolvi dar uma segunda chance e olhar com outros olhos. Segundo ele, o livro é composto por diversas crônicas ou contos onde o assunto principal é sobre sentir alegria em nada. Ele me passou um link de um blog com um desses contos/crônicas, e eu fiz um ctrl+c e ctrl+v sem vergonha.

{fonte}

Martha Medeiros - O Isopor e a Neve

"Aconteceu comigo. Eu, que trabalho em casa, senti uma necessidade súbita de sair, atravessar paredes, ganhar as ruas por alguns minutos, a fim de renovar o fôlego para continuar a escrever. Precisava enviar uma correspondência e resolvi: vou a pé até uma agência dos Correios, tem uma a cinco quadras de onde moro. Fui.
Cheguei lá, não sem antes ter sido quase atropelada por um automóvel, foi por um triz. Despachei a carta, saí da agência e foi então que eu vi: um caminhão deixou cair no meio da rua um saco enorme cheio de isopor. O caminhão seguiu seu rumo sem perceber o rastro que ficou para trás. Em segundos, aquele isopor em lâminas foi se transformando em pedaços miúdos. Os carros passavam por cima, e o isopor se desintegrava em partículas que se movimentavam para cima e para os lados em câmera lenta, de tão leves.Parei, porque se eu atravessasse a rua de novo não haveria uma segunda chance: seria atropelada de fato. Eu não estava mais em mim. Via nevar em Porto Alegre no meio de uma tarde de dezembro. Neve de isopor.
Qualquer semelhança com “Beleza americana” é, sim, uma feliz coincidência. Se você viu o filme, não pode ter esquecido aquela cena. Um saco plástico vazio sendo movimentado pelo vento durante alguns minutos.
Apenas a câmera e o saco plástico dançando em slow motion diante dos nossos olhos. Certamente, uma das cenas mais bonitas e poéticas que já vi no cinema.
Foi bem assim. Pedacinhos de isopor que pareciam flocos de neve dançavam sobre o asfalto numa tarde abafada de Porto Alegre. Carros velozes passavam por cima, e os isopores ali, flutuando lentamente, alheios à pressa urbana. O que significava aquilo?
Nada.
Por isso o estranhamento. Por isso a singeleza. As coisas sem significado são tão raras, acontecimentos gratuitos costumam ser tão despercebidos que, se você percebe, ganha o dia. Foi uma cena real, não de cinema, e por isso não teve trilha sonora, os motores dos automóveis violavam o silêncio, mas dentro da minha cabeça ouvi música clássica por alguns segundos, encantada com a neve no asfalto.
Aí o isopor foi se dispersando, se dispersando, e eu comecei a me sentir uma idiota parada no meio da calçada, inerte, como se tivesse testemunhado um atropelamento. Metaforicamente, é o que havia acontecido. Eu havia sido atropelada. Não um atropelamento como quase havia ocorrido minutos antes, quando um carro tirou um fininho de mim em plena faixa de segurança, mas foi outro tipo de atropelo: fiquei paralisada por ter sido plateia de um pouco de poesia no meio de uma tarde de um dia útil, que se mostrou útil justamente quando parei de trabalhar.
Voltei para casa e escrevi este texto sem propósito, em homenagem à neve que também não era neve."
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Achei muito interessante. Gosto desse negócio de sentir-se inspirado por pequenas coisas que acontecem no dia a dia. É como olhar para as árvores enquanto vou ao trabalho de bicicleta, e respirar sentindo o ar que foi purificado por elas, ou sentir vontade de cantar quando veja algumas nuvens carregadas no céu, ou vontade de cantar e dançar loucamente quando começa a chover.

Acho muito profundo e delicado falar sobre isso, mas sinto que um dos segredos de ser feliz é exatamente esse, saber enxergar o valor das pequenas coisas e ser grato à Deus por tudo. Claro... tem dia que estamos carregados de preocupações e problemas que nos cega para essas coisas. Nem sempre é fácil dominar essa tão nobre arte de ser Feliz por Nada.

Editando. Eu não comprei o livro e provavelmente não comprarei. Achei o texto interessante porque diz respeito a um assunto que me interessa. A foto não é minha, vide créditos.

Feliz por Nada

Primeira vez que vi esse livro, confesso, julguei pela capa. De cara imaginei que seria apenas mais um livro de auto ajuda ou algo do tipo!...