O Futuro à Deus pertence

Juro que o post que eu tinha programado pra hoje era muito mais interessante que esse, mas alguns acontecimentos recentes me fizeram necessitar de um desabafo. Por sorte eu não estava em condições psicológicas de criar esse post ontem a noite. Seria um fiasco. Acabaria dizendo coisas sem pensar. Nada como uma amiga querida para ouvir meus lamúrios, seguida de uma boa noite de sono (e de um dia chuvoso), para colocar pensamentos em ordem.

Por motivos de ética não posso entrar em detalhes, mas acontece que, até então, eu não via necessidade de olhar em outras direções, profissionalmente falando, mas algumas coisas começaram a acontecer, e a me fazer pensar se realmente estou feliz, se realmente nasci pra isso. O pior disso tudo é que eu não sei a resposta. Sinto dificuldades em algumas etapas desse processo em que fui enfiado quase que à força. Tive que criar, à partir do nada, anos de experiência que nunca tive. Quero que fique claro que não estou falando da profissão que escolhi, porque isso eu amo e não tenho dúvidas, mas digo em relação ao meu atual emprego.

Agora, depois de passar uma noite pensando no assunto, vejo que talvez eu só esteja fazendo uma tempestade numa pocinha d'água, mas essa situação toda mexeu comigo. Talvez eu só esteja sentindo (da pior maneira) que a maturidade chegou e que não tenho mais como fugir disso. Tenho que enfrentar essa situação de frente e continuar meu caminho, porque o futuro à Deus pertence, como já diziam os antigos.

Editando. Tamanho meu desespero, procurei no google qual a expressão que melhor definia algo pior que "engolir sapos". Eis que encontrei um texto muito interessante sobre o assunto. Separei algumas partes como citação, mas se preferir, veja ele completo aqui.

"Quem não já “engoliu sapo” na vida, durante a trajetória profissional? Certamente devem existir gargantas e estômagos virgens nessa área, creio. Em compensação, devem existir os engolidores diários e contumazes do batráquio – já tão condicionados que não abrem mão da sua dose diária... Haja estômago!

Dizem os entendidos em sapologia que a origem da associação do sapo com algo nada palatável vem das Sagradas Escrituras – quem diria, hein? Contaram-me que em um determinado capítulo do livro do Êxodo, um rebelde faraó recebeu como castigo de Deus uma série de pragas, uma das quais se constituía de uma invasão de milhares de rãs – ou de sapos. Se não são a mesma coisa, são com certeza da mesma família. Segundo a narrativa, o Faraó encontraria o bicho saltitante em todos os lugares possíveis e imagináveis do seu palácio – inclusive quarto de dormir, cozinha e banheiro. Dá pra imaginar?"