Tudo começou logo que chegamos na ABUP. O segurança olhou pra mim e disse, "esse evento é particular!" fiquei tão pasmo que nem soube o que dizer. Recebi vários convites por email e tinha várias outras formas de provar pra ele que eu não era um intruso desinformado. Preferi deixar pra lá, dar meia volta e entrar sem olhar pra ele. Na hora de sair disse um "Muito Obrigado" com cara fechada, só pra sentir o gostinho de uma vingança inofensiva.
O próximo problema foi na hora do credenciamento. A moça simplesmente olhou pra minha cara e disse, "não estamos permitindo a entrada de estudantes!" aquilo realmente foi um motivo pra mim fazer um barraco, mas por sorte dela eu estava num dia muito zen. Em NENHUM momento eu disse que sou estudante. Informei o CNPJ de onde eu trabalho e ela ainda continuava desconfiada. Até que (ela deve ter ficado com medo da minha cara e) resolveu liberar os crachás como Visitante. Tá... entrei, mas os desapontamentos não pararam por aí.
Os funcionários dos Stands olhavam pra nós com extrema indiferença, e quando resolvíamos olhar alguma coisa de perto eles ficavam em cima como se estivéssemos planejando roubar. Me senti muito ofendido. Realmente esse mundo está cheio de pessoas muito burras e ignorantes. Será que eles não param pra pensar que, os estudantes de hoje são os profissionais de amanhã? Será que eles acham que, quando formos indicar uma marca pra um cliente, não vamos lembrar do descaso que sofremos quando fomos conhecer a marca?
Na Paralela Gift as coisas foram um pouquinho melhores, talvez pelo fato de poder conversar diretamente com vários artistas e crafters, que com certeza tem a mente mais aberta. Alguns outros ainda preferem nos ignorar, mas é em menor quantidade.
Deixando o estresse que fomos obrigados à sofrer de lado, consegui ver algumas coisas legais. Infelizmente não pude fotografar tudo. Haviam seguranças por todos os lados e todos me olhavam torto quando viam a máquina!
Logo que entrei na feira vi uma moça segurando um pequeno cavalo amarelo, totalmente feito de papel. Como quase não gosto de coisas feitas de papel, passei a procurar desesperadamente a origem dele. Não demorou muito até encontrar o artista Paulo Tio, que me tratou com toda a educação e me mostrou seu trabalho. Fiquei muito fascinado.
Ele trabalha com a técnica de Kirigami, que é como se fosse a de Origami. A diferença é que na de Kirigami os papeis podem ser cortados.
Pedi pra fotografar algumas peças e ele gentilmente autorizou. No fim até ganhei um Alce amarelo.Esse da bicicleta é maravilhoso. Vou até mandar um email pra ver se ele vende pra mim! ^^
Depois de visitar as duas feiras resolvermos dar uma volta pelo parque Ibiapuera. Fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que tinha naquele lugar! Muita gente caminhando, andando de bicicleta ou patins, gente deitada na grama sob imensas sombras de grandes árvores, gente fazendo piquinique entre outras coisas.
Claro, eu também tive que experimentar a grama e recarregar um pouquinho as energias! Além de tudo, a viagem valeu a pena. Passear por São Paulo é sempre uma experiência nova. Eu estava mesmo precisando distrair um pouco a cabeça.
