Um banho de cultura

Esse fim de semana tive o imenso prazer de visitar a Sala São Paulo. A viagem foi organizada por minha antiga professora de História da Arte, que acabou servindo também de guia no museu da Pinacoteca, o que transformou a visita muito mais interessante. Não só o prédio da Estação Julio Prestes (onde está a Sala São Paulo) como também a apresentação nos deixou em estado de alucinação. A acústica do lugar é realmente coisa de outro mundo por conta de cada elemento e de seu teto com placas que pesam 7,5 toneladas e permite uma variação de altura de até 10 metros. Ou seja, o teto desce ou sobre conforme o tipo de apresentação. Quanto mais alto, mais reverberação de som.


As fotos à seguir são do hall de entrada da estação. Na ordem, ambiente, piso e teto. Chão feito de pequenas peças, aplicadas uma à uma.


O prédio é lindo por dentro e por fora, e o mais interessante, é um monumento construído de forma bem brasileira. Dá pra ver detalhes que remetem folhas e flores de café em todo canto. Vitrais, pisos, adornos de colunas e etc.
Nós vimos um concerto pela Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, e fiquei realmente impressionado com a qualidade da música. O regente comentou que eles foram aplaudidos em pé na Alemanha há poucas semanas, e depois de ver do que eles são capazes, é bem fácil acreditar.


Algumas fotos ficaram meio tremidas e/ou com ângulos estranhos, pois não tivemos tanto tempo de visitar o lugar. As fotos foram tiradas durante a pausa de 15 minutos na apresentação.
Depois de um piquenique na Praça da Luz, visitamos também a Pinacoteca e o Museu da Língua Portuguesa, que fica na Estação da Luz. Já estive nesses lugares várias vezes na época da faculdade, mas nunca com um olhar voltado para a arquitetura dos prédios, o que me fez reparar em cada detalhe como se fosse a primeira vez.


A Estação da Luz já é totalmente inglesa, desde a estrutura até os parafusos. Segundo minha professora, apenas a areia usada na construção é nacional. Uma das coisas mais legais, é o piano que fica bem no meio do hall principal. Meu irmão não resistiu e foi tocar Comptine d'un Autre Été, do filme Amelie Poulain.


Essa viagem me fez voltar com as energias totalmente renovadas. Preciso programar mais esse tipo de "terapia".